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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


Impressionante! 

Como o mundo ficou mudo, às vezes penso que a poesia tenha desaparecido do meu universo. Vivo um momento da contra-poesia, da contra-música, da contra-história ... Dizem que o poeta é um fingidor. Em mim as dores são fingidas para que a poesia saia dos porões do meu corpo e encontre a calmaria na terra dos seus amigos invisíveis. Entro no meu inferno a procura do teu céu.
Colho as flores do mal diante dos meus pés. São brutas flores do querer. Ah! São brutas flores... Tento seguir a olhar no firm(e)amento o sol, mas ele não aparece. Fico a espera da lua, porque digo a mim mesmo « Ah! Sim… ela vai aparecer e vou poder ver as representações das imagens e de sonhos construídos para o mundo de meus sonhos. » Ah! Ela veio e trouxe de volta o mundo dos meus sonhos, digo então « O clarão de ti, lua, leva-me ao suplício de Tântalo, porque o ajuntamento do seu céu com meu inferno desenvolveu uma energia de tantra que provocou em mim, tantras vezes, a propulsão de gozos sublimes e viscerais que fez de mim um homem completo. »
Continuo e sigo querendo sorver as flores dos jasmins junto com meu amor na terra dos amigos invisíveis que ainda vivem por lá. Que o rio crie trejeitos e flua para o encontro ... 

Jonas Moraes

Sampa 17/10/2010